Economia do reaproveitamento de demolição reflete resultados positivos da expansão do setor da construção civil

Economia do reaproveitamento de demolição reflete resultados positivos da expansão do setor da construção civil

Todos os materiais descartados em uma obra são considerados resíduos da construção civil que precisam ser corretamente destinados. Como uma forma de estabelecer a maneira adequada para que cada resíduo seja reciclado, reutilizado ou descartado, a resolução nº 307 de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) disponibiliza critérios e procedimentos sobre como gerir e destinar resíduos.

Reaproveitamento que gera novos negócios

Os materiais, quase em sua totalidade, podem ser reaproveidados, gerando novas fontes de recursos que, por sua vez, também demandam a criação de empresas de reciclagem e recuperação desses resíduos.

O entulho que antigamente era descartado, atualmente é reaproveitado por empresas que se especializam cada vez mais para obter lucro e contribuir com a sustentabilidade do sistema construtivo.

Reciclagem de entulho: entenda como funciona

Visando diminuir impactos ambientais, os resíduos são classificados em 4 categorias: A, B, C e D. Em cada categoria, são definidos os tipos de materiais, a destinação e a forma como são reaproveitados.

Resíduos de Classe A

Gerados em maior quantidade em construções, representa 50% a 70% de toda a massa de resíduos na construção civil.

Tijolo, telhas, areia, alvenaria e concreto estão entre os produtos que podem ser reinseridos diretamente na atividade.

Resíduos de Classe B

Podem ser reciclados porque há possibilidade de serventia em outros fins, não somente para o mercado da construção. Madeira, metal, gesso, papel e plástico entram nesta classificação. Representam de 10% a 20% dos resíduos gerados.

A madeira por exemplo, consegue ser processada e transformada em energia e biomassa. Metais ferrosos e não ferrosos também podem ser reciclados. Porém, como o produto tem valor agregado, o empreendedor consegue descartá-lo e, ao mesmo tempo, gerar receita.

Os resíduos simples, como o papel e plástico, passam pelo processo de coleta seletiva comum e são enviados às centrais de triagem e, em seguidas, às cooperativas gerando renda e sendo reinseridos na indústria.

Resíduos de Classe C

Não há possibilidade de reciclagem, porque não há tecnologia ou porque a condição faz com que o processo de segregação e triagem não justifique o valor agregado do resíduo. Segundo a ABRECON, isso acontece porque em alguns casos a obra não possui um espaço físico para a separação do resíduo e resulta em contaminação com outros materiais, ou por não haver recursos para realizar a separação de maneira correta.

Resíduos de Classe D

São resíduos perigosos, como óleos, tintas e solventes. São materiais que exigem cuidados especiais no seu manejo, como uso de equipamentos específicos. Para transportar essa classe também requer registros da empresa e habilitação adequada por parte do motorista. Inclusive, seu destino final deve ser o aterro Classe 1, capaz de tratar adequadamente esses residuos.

Mídias resultantes da reciclagem de entulho

Do “lixo” reaproveitado são feitos blocos, tampas de bueiro, bocas de lobo, sarjetas, guias e até mesmo moradias, entre outros.

Diariamente o Brasil produz 290,5 mil toneladas de resíduos de construção civil, o equivalente a cerca de 1.050 aviões Airbus A380, modelo de aeronave comercial mais pesado do mundo, de acordo com dados da Pesquisa Setorial da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil (ABRECON).

Resíduos da construção civil estão sendo reaproveitados, gerando oportunidades econômicas

Este setor econômico é considerado um dos mais importantes do país: A indústria da Construção Civil promove uma contribuição considerável ao Produto Interno Bruto (PIB) e é responsável por empregar 8% da população.

E devido a esta atividade de reaproveitamento, a participação se torna maior, além de abrir novas possibilidades de empreender, uma vez que reciclar se torna obrigatório e benéfico para o meio ambiente, os processos sempre precisam de melhorias para tornarem-se cada vez mais sustentáveis.

Benefícios e oportunidades da atividade


Além dos benefícios ambientais como não poluir rios, represas, terrenos baldios, aliviar o impacto em aterros sanitários e lixões, manter a cidade limpa e amenizar alagamentos e enchentes (já que não obstruem bueiros), há também o retorno social.

A atividade tem o potencial de expandir a geração de trabalho e renda. Com planejamento e organização, a implantação de uma usina de reciclagem de RCD gera benefícios sociais para a cidade e possibilita um retorno financeiro relativamente alto para o empresário, dado as condições ofertadas, tais como matéria prima e venda dos produtos.

Conclusão

O setor imobiliário, é um dos setores que mais cresce e vai continuar crescendo no país, ainda mais considerando o fato de que o país tem carência de aproximadamente 7 milhões de habitações.

Ainda, esse é um dos setores econômicos que mais consome e mais gera resíduos sólidos, que merecem ter destinação adequada. A cobrança e preocupação com o meio ambiente e com a situação que será herdada pelas proximas gerações, é propícia para negócios sociais e sustentáveis.

A Lubrimatic trabalha ativamente neste setor, através da locação de maquinário e mão-de-obra especializada para demolição, entre outras atividades da construção civil como a escavação. Fale conosco neste link para saber mais sobre nosso trabalho.

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